O
vereador Antônio Edineide Cordeiro (PT) concedeu, ontem, uma entrevista
exclusiva ao A VOZ DA CIDADE, falou sobre a sua carreia política e
destacou as suas lutas pelo progresso da cidade. Ele ainda opinou sobre
questões de alta complexidade, como fraudes em verbas públicas e racismo.
A VOZ
DA CIDADE: Quais são os maiores destaques do seu mandato?
CORDEIRO: Nós
viemos fazer o papel do vereador na construção de leis, na fiscalização do
Executivo Municipal. Estamos construindo ações importantes, como a discussão da
construção dos espaços para os barqueiros da praia do Frade. Temos mais de 200
indicações, trabalhando pela saúde, educação, transporte público, entre outras.
A VOZ
DA CIDADE: Você é oriundo do Frade, onde começou a sua carreia política.
Como você avalia as ações do governo municipal no seu bairro?
CORDEIRO: Primeiramente,
quero dizer que sou vereador de oposição, mas também aponto o caminho para que
as ações sejam feitas corretamente. No Frade, temos apenas a Praça Juca Marino
como conquista. O restante são obras inacabadas, como a rede condutora de
esgoto, que foi feita na parte de baixo a até hoje não liga a lugar nenhum.
Temos a Escola Municipal Cacique Cunhambebe em péssimo estado de conservação,
onde, em minha opinião, a sua reforma é um erro. Acho que temos de construir
uma escola nova, com área de lazer, piscina e espaço amplo.
A VOZ
DA CIDADE: O mandato participativo é considerado uma de suas lutas. Existe
alguma ação nesse sentido?
CORDEIRO: O
mandato participativo sempre foi minha meta, só que às vezes algumas pessoas
confundem as coisas. O vereador que diz que faz obras está mentindo, não sou
vereador para ficar dando jogo de camisa, churrasco, mas, sim, para trabalhar
pela população de toda a cidade, da Garatucaia ao Parque Mambucaba.
Frequentemente, visito os bairros da cidade com o gabinete de rua, onde ouço as
queixas dos moradores e trago para serem debatidas na Câmara Municipal,
que é a casa do povo.
A VOZ
DA CIDADE: Em seus discursos você sempre fala sobre o racismo, por quê?
CORDEIRO: Temos
que acabar com o preconceito racial, por isso luto por igualdade de todos.
Sabemos que os brancos, negros, índios e nordestinos são diferentes, mas isso
não faz com que um seja melhor que o outro. Na política, temos de dar igualdade
de direto a todos, respeitando as suas diferenças.
A VOZ
DA CIDADE: Recentemente veio à tona um escândalo que evolve várias empresas que
fizeram fraudesem licitações. Entre as envolvidas está a empresa Locanty, que
também presta serviços no município. Como você avalia essa questão?
CORDEIRO: Eu
já denunciei a Locanty, quando ela ainda era Limpacol e fez com que os seus
trabalhadores perdessem 40% dos seus direitos. Fui pessoalmente à sede
municipal da empresa falar com os trabalhadores, que têm muito medo de falar
contra essa empresa. Repeti a denúncia quando a Locanty começou a trazer o lixo
de Paraty para Angra dos Reis, algo que ainda acontece, infelizmente. Acho que
hoje o Ministério Público (MP) tem que parar todos os contratos dessa empresa,
por isso fiz essa solicitação. Acredito que em Angra dos Reis a situação é pior
que a encontrada lá no Rio de Janeiro.
A VOZ
DA CIDADE: Por que você sempre fala sobre o escândalo de cartas marcadas?
CORDEIRO: Temos
14 ações de denúncias sobre obras, superfaturamento de obras. Acho que as obras
públicas são muito caras. Já solicitei uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI), para investigar a apuração Cartas Marcadas, que em minha opinião é o
viés de todas as falcatruas da cidade. Inclusive a das ambulâncias, em que cada
unidade foi alugada por R$ 110 mil por mês em 2009. Sem falar que estão em
estado precário, com algumas presas por falta de pagamento do depvat,
apreendidas pela Polícia Rodoviário Federal.
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