Representantes de vários estados passaram o dia em passeata na Esplanada nos Ministérios
Centenas de manifestantes se reuniram em Brasília durante a
primeira Marcha Nacional em Defesa dos Direitos dos Quilombolas, que
aconteceu na segunda-feira (7) na Esplanada dos Ministérios.
A Marcha parou em frente ao Supremo Tribunal Federal, onde o decreto
4887/2003, assinado pelo ex-presidente Lula e que garante os direitos
dos quilombolas, está sendo contestado por uma ação direta de
inconstitucionalidade (ADIN) apresentada pelo partido dos Democratas.
O objetivo do evento promovido pela Coordenação Nacional de
Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), com apoio
da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do Partido dos
Trabalhadores, é dar visibilidade à luta pelos direitos dos descendentes
de quilombos. A Marcha também marcou o lançamento da Campanha Nacional
em Defesa dos Direitos dos Quilombolas. A Campanha terá dois anos de
duração.
A principal bandeira é a luta pela demarcação das terras onde vivem
as comunidades tradicionais espalhadas por todo o país. “Temos uma
bandeira central, que é o nosso direito à terra, é um direito garantido
na constituição e que tem sido, sistematicamente, violado, muitas vezes
pelo próprio estado brasileiro, e por empreendimentos diversos,
interesses diversos do capital, então a gente quer assegurar o nosso
território, a partir dela a gente consegue desenvolver todo o nosso modo
de vida, nossa cultura, nossa geração de riqueza, a gente consegue, mas
sem o território, não há isto, nós não somos ninguém”, completa Ronaldo
dos Santos, da coordenação geral da CONAQ.
Ao final da Marcha, foi encaminhado ao Governo Federal um documento
de monitoramento das políticas e do orçamento de titulação de terras
quilombolas.
Fonte: Partido dos Trabalhadores
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