Vereador Cordeiro propõe a criação da Semana Municipal da Consciência Negra

Com o objetivo de promover a valorização da cultura negra no município e estimular a participação desta mesma comunidade nos eventos sociais da cidade, o vereador Cordeiro sugeriu, através de um Projeto de Lei, a criação da Semana Municipal da Consciência Negra, a ser celebrada em novembro, prevendo a realização de eventos culturais, debates e apresentações musicais que abordem a influência e a importância desta etnia na formação da sociedade brasileira.

Para Cordeiro, a valorização desta cultura é importante não somente para recuperar a riqueza desta produção cultural, mas também para que a sociedade brasileira tenha a compreensão definitiva da relevância destes traços para o Brasil que temos hoje.

— Cada um de nós tem um pouco de sangue negro nas veias e fazemos muito pouco para reconhecer e valorizar este traço importante da nossa formação. Estamos propondo a instituição oficial desta Semana para que esta valorização seja assumida de forma institucional pelo Poder Público Municipal — defendeu Cordeiro.

A escolha do mês de novembro para a comemoração deve-se ao fato de que o dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro, por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Desde 1995, ano do tricentenário da morte de Zumbi, a praça do Mercado Municipal, no Centro de Angra, tem o herói negro como patrono, embora apenas nos últimos dois anos, o nome esteja sendo efetivamente recuperado.

Também esta semana, o vereador Cordeiro protocolou um Requerimento solicitando que o Executivo Municipal cumpra a Lei Federal nº 10.639/2003, que dispõe sobre a inclusão da temática História e Cultura Afro-Brasileira, no currículo oficial da rede pública de ensino.

— Um dos pilares da formação social e cultural do Brasil é o negro. Recebemos e incorporamos diversos hábitos vindos dos povos africanos. Podemos destacar, por exemplo, o jongo, a capoeira, a culinária, o artesanato e a religião. O resgate das nossas origens é de suma importância para que possamos construir uma sociedade mais justa e igualitária — justificou Cordeiro.