terça-feira, 30 de março de 2010

Câmara angrense promove reunião sobre o mercado de trabalho e Cordeiro apoia sugestão para criação de Fórum Sindical

Por sugestão do vereador Cordeiro, a Câmara Municipal de Angra dos Reis promoveu nesta segunda-feira, 29, uma reunião pública para debater a legislação trabalhista e o cumprimento da mesma no município de Angra dos Reis, bem como a atuação do Ministério do Trabalho em nossa região. Para o debate foram convidados todos os sindicatos da região, assim como alguns dos maiores empregadores da cidade, entre eles o estaleiro Brasfels, a concessionária de coleta de lixo Locanty, a Viação Senhor do Bonfim e as estatais Transpetro e Eletronuclear. A reunião não teve o quórum esperado por Cordeiro, uma vez que algumas destas empresas faltaram à convocação, mesmo tendo recebido o convite em tempo hábil. Entre os empregadores, apenas a Eletronuclear enviou representação formal para o encontro. As demais sequer comunicaram as razões da ausência.

Durante o debate, que durou cerca de três horas, uma representante do Ministério do Trabalho e Emprego respondeu a perguntas e deu esclarecimentos diante das dúvidas e sugestões levantadas pelos sindicalistas e o público presente, a maioria delas sobre fiscalização, assédio moral, a importância da sindicalização, terceirizações, formação profissional e contratações no serviço público.

São muitos os problemas enfrentados pelos trabalhadores da cidade. Para mim, a decisão de algumas empresas de não participarem deste debate, sendo elas as grandes contratantes do município, me deixou ainda mais preocupado — disse Cordeiro.

A representante do Ministério do Trabalho, Lívia Jardim, admitiu que a agência local que atende a Angra tem pouco efetivo. São apenas cinco fiscais para acompanharem o mercado de trabalho em toda a Costa Verde. A sede da delegacia regional do Ministério do Trabalho na região fica em Itaguaí e é onde são protocolados os pedidos de fiscalização e vistorias a obras e empresas. A falta de fiscais, muitas vezes, impede uma atuação mais efetiva do Ministério na repressão ao descumprimento das Leis do Trabalho.

Nós tivemos nesta região, um crescimento muito grande no número de empresas e empregados e o Ministério ainda não adaptou-se a esta realidade. Mesmo assim temos atuado, buscando ser mais efetivos na fiscalização para que os trabalhadores possam sentir-se mais seguros. O encontro de hoje aqui em Angra serviu como um novo apelo para que reforcemos ainda mais a nossa atuação — explicou Lívia.

Entre os problemas levantados pelos sindicalistas estão a terceirização, o calote em créditos trabalhistas (especialmente rescisórios), restrições à sindicalização de profissionais da região, precariedade nas homologações e burocracia nos processos de admissão. Como sugestão do grupo, o vereador Cordeiro pretende liderar a constituição de um Fórum Sindical e do Trabalho amplo, pleiteando as demandas dos trabalhadores e encaminhando-as ao próprio ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Uma das principais reivindicações será a ampliação do horário de funcionamento da agência local do Ministério, além da sugestão para que a mesma seja elevada à condição de Delegacia, face ao número de empresas e trabalhadores existentes na região.

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