quinta-feira, 20 de maio de 2010

Cordeiro participa de debate sobre o setor naval fluminense na Assembleia Legislativa





O vereador Cordeiro participou nesta quarta-feira, 19, de uma audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a fim de debater a indústria naval no Estado. A reunião foi presidida pelo deputado estadual Rodrigo Neves (PT) e foi aberta com o anúncio de que quatro estaleiros do Rio ganharam a licitação para a construção de 16 navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobras Transporte S/A (Transpetro), subsidiária da estatal nacional do petróleo. O próprio presidente da Transpetro, Sérgio Machado, participou da reunião e detalhou os investimentos da estatal na reativação do setor naval fluminense.

Sempre tivemos tradição em construção naval e precisamos consolidar esta posição neste momento de setor aquecido. É importante ampliar as bases industriais do Estado, implantando novos polos navais, como em Itaguaí e Maricá, e modernizando as instalações já existentes, com investimento em tecnologia para que os estaleiros do Rio sejam, de fato, competitivos — observou o parlamentar.

Segundo Cordeiro, o debate foi importante para divulgar todo o esforço que o Governo Lula tem feito na reativação do setor naval, beneficiando não só o Estado do Rio, mas outras regiões do país como Nordeste e Sul.

Sou testemunha do compromisso de campanha do presidente Lula, assumido em Angra dos Reis, durante a campanha eleitoral de 2002, de que os estaleiros brasileiros teriam prioridade na construção de navios e plataformas. Tudo o que Lula prometeu, foi cumprido e por isso podemos comemorar a geração de milhares de empregos em todo o Brasil, inclusive em Angra dos Reis — disse Cordeiro.

Sérgio Machado informou que, além dos 16 navios já encomendados, o Rio de Janeiro lidera a disputa por mais três embarcações, que poderão ser feitas no estaleiro Mauá, em Niterói. Machado advertiu, porém, que uma empolgação excessiva com o fato de o país ter, hoje, a quarta maior carteira de encomendas de navios petroleiros do mundo pode atrapalhar o crescimento do setor, enquanto é necessário pensar no investimento em mão de obra qualificada.

Temos de ter noção do que oferecer. Vontade, apenas, só constrói barquinho de papel, então temos que pensar numa indústria forte, com demanda contínua. O Rio de Janeiro tem um papel importante, por ser beneficiado geograficamente e ter estaleiros estratégicos, mas ajudará mesmo é com a capacidade de produção de seus profissionais bem treinados — afirmou.

Diante desta afirmação, Cordeiro voltou a defender o investimento maciço em formação profissional, especialmente visando os jovens, que anualmente ingressam no mercado de trabalho e não têm muitas perspectivas de ingresso no setor naval pela falta de qualificação. Para Cordeiro, a formação destes profissionais deveria ser um compromisso não só do Poder Público, mas também das próprias empresas privadas.

Precisamos avançar neste item, sob pena de perdermo mão de obra para fora do Estado, ou mesmo perdermos obras por falta desta mesma mão de obra. Em Angra, por exemplo, não temos nenhuma iniciativa púbica com este objetivo, apesar de este problema estar diagnosticado há vários anos — exemplificou o vereador.

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, também presente à audiência, o desempenho da indústria naval no Rio é muito bom. Em 2009 o setor empregava 21.634 pessoas.

Com informações da assessoria de comunicação da Assembleia Legislativa do Rio

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