Membro da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, o vereador Cordeiro aproveitou a chegada da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) à Casa, na sessão da última quinta-feira, 9, para defender a volta do Orçamento Participativo. Para Cordeiro, o destino do dinheiro do município deve ser decidido pela população.
— Sou um defensor do Orçamento Participativo. Muitas vezes as comunidades têm prioridades que não aparecem nos números da Prefeitura. Espero que a Comissão agende reuniões nos bairros para discutir os investimentos da Prefeitura — defendeu Cordeiro.
O programa 'Orçamento Participativo' foi abandonado pela Prefeitura de Angra quando o PT deixou o Governo Municipal no ano 2000. Desde então o orçamento virou, segundo Cordeiro, uma espécie de 'caixa preta' e, de fato, muito pouco do que é votado e discutido acaba sendo executado de fato.
— O que os vereadores acabam votando todos os anos é uma peça de ficção. O Governo não cumpre a maior parte das metas que está descrita no Orçamento e muitos investimentos necessários acabam deixando de ser feitos — disse Cordeiro, lembrando que o Orçamento, por não ser impositivo, faculta ao prefeito, cumprí-lo ou não.
A LDO é a primeira parte do orçamento do município. A segunda é a Lei Orçamentária (LO) propriamente dita, com o detalhamento das despesas e receitas. Para 2011, a Prefeitura planeja arrecadar R$ 711 milhões, dos quais quase 70% é destinado ao pagamento de servidores, manutenção e custeio da máquina pública.
— O que assegura algum investimento em Angra são as parcerias com a Eletronuclear, por exemplo, os recursos dos royalties e os repasses da União. Temos uma máquina pública muito pesada, que precisa de adequações e planejamento — disse Cordeiro.
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