Ao longo de minha vida
profissional fui ambulante e, depois, operário da construção civil, na função
de eletricista. Sempre lutei pela categoria e fui vice-presidente do Sindicato
da Construção Civil até 2008, quando fui eleito vereador. Nesse período a
categoria conquistou o reconhecimento do seu Sindicato, após uma luta de 11
anos. Dentre outras conquistas cito o tíquete alimentação com ganho real, a
folga no dia 25 de outubro (Dia da Construção Civil) e o Plano de Cargos para
todos os operários.
Participei ativamente do movimento ‘Pró-Angra
3’, que culminou com a liberação da construção de Angra III e com o aumento da
oferta de empregos no setor. Defendo a construção de Angra III porque acredito
na energia nuclear como uma fonte necessária para suprir a demanda de energia e
creio que a alta tecnologia que acompanha o setor é fundamental para a
fabricação de combustível genuinamente brasileiro e para o desenvolvimento de
equipamentos tecnologicamente revolucionários para a saúde dos brasileiros,
como tomógrafos, ultra-sons, etc.
Na área da construção civil, em 2011 Angra
dos Reis ficou com a segunda posição na geração de empregos (1.616 novas
vagas).
No primeiro trimestre de 2012, a construção
civil foi quem mais contratou no Estado do Rio: foram criadas 17.443 novas
vagas no período. No entanto, a região Sul Fluminense não acompanhou esse
crescimento, gerando apenas 600 empregos, resultado 80% menor do que o apresentado
em 2011. Isso é preocupante, principalmente considerando que a dispensa de
trabalhadores na Construção Civil em Angra dos Reis, no período, chegou a 959.
Apesar desses dados, os operários
de Angra conseguiram fechar o primeiro semestre de 2012 com muitas conquistas,
como o pagamento da Participação de Lucros e Resultados em março, pela Andrade
Gutierrez, e o aumento do piso dos trabalhadores da empresa, em algumas funções
no percentual de 49%, o maior já conquistado no país. Os trabalhadores da
Companhia Norberto Odebrecht (CNO) também conseguiram um aumento que varia
entre 17 e 25% de ganho real nos contracheques, e os da empresa Marte
Engenharia conquistaram o direito ao Descanso Semanal Remunerado (DSR).
Os trabalhadores
da Construção Leve, por sua vez, conseguiram 65% de aumento no valor do
ticket-alimentação para empresas que não oferecem o serviço aos funcionários.
Agora, é lutar para conseguir abrir novos postos de trabalho e, como sempre,
estarei ao lado dos operários, sendo minha maior briga a qualificação dos
profissionais da construção, para que a nossa mão-de-obra seja plenamente
aproveitada. Representar as demandas da categoria na Câmara de Vereadores
significa assumir o compromisso verdadeiro na defesa dos direitos dos
trabalhadores da indústria da construção e na fiscalização das ações das
empresas em funcionamento na cidade. Quero continuar minha luta pela categoria
e, para isto, preciso e peço o seu apoio.
CORDEIRO LUTA PARA
REGULAMENTAR PROFISSÃO DE MARINHEIRO
Comecei minha vida profissional na
informalidade, como vendedor ambulante, e as adversidades que enfrentei me
tornaram sensível à causa dos profissionais não regulamentados, a exemplo dos
condutores de esporte e recreio (marinheiros particulares) que, como meus
companheiros, não se intimidam diante das dificuldades.
Cerca de sete mil marinheiros em Angra
dos Reis são contratados como “empregados domésticos”, “motoristas” ou
“caseiros”. Tenho me dedicado integralmente à valorização destas categorias e
diante deste quadro alarmante, providenciei a articulação política com o
Deputado Federal Jilmar Tato (PT/SP) e com o Sindicato das Marinas do Estado do
Rio de Janeiro visando regulamentar a profissão, utilizando posteriormente os
recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para melhor qualificar os
profissionais. As discussões estão caminhando e estou atento a toda
movimentação na Câmara Federal.
É preciso ficar claro que as questões
relativas à pesca e à aquicultura ultrapassam a cultura do pescado e põem em
evidência todos os trabalhadores que tiram seu sustento do mar de Angra dos
Reis, dentre eles os marinheiros.
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